Na sessão de hoje da Câmara Municipal de Curitiba criticaram o prefeito Rafael Greca (DEM) por anunciar a adoção da bandeira vermelha, com novas restrições à circulação de pessoas e fechamento do comércio através de um vídeo de WhatsApp na última sexta-feira à noite. Denian Couto (Podemos) criticou a forma como a mudança, sem um aviso antecipado aos vereadores. “O decreto só foi publicado umas três ou quatro horas depois. Isso é um desrespeito com a cidade, com o trabalhador, com quem empreende, com o empresário”, apontou. 

Ele pediu novamente ao líder do prefeito, Pier Petruzzuello (PTB), a participação de Greca em uma discussão “aberta e franca” com os vereadores, sobre a saúde pública e as medidas mais restritivas. “Até que ponto vamos aceitar ser uma Câmara decorativa?”

Eder Borges (PSD) também criticou o anúncio “por WhatsApp” e a realização de uma “caça” com helicópteros, na sequência, a “boêmios” e “ao inimigo público número um, que é o dono de bar”. “Que nós sejamos informados com um pouco mais de antecedência”, apoiou Ezequias Barros, alertando aos caminhoneiros e outros segmentos impactados pelas restrições.

O decreto, ratificou Marcelo Fachinello, “pegou muita gente de surpresa. Aliás, a maioria dos vereadores desta Casa. Isso ficou bastante claro na nossa reunião de lideres no sábado”. Para Dalton Borba, o prefeito fez uso de sua prerrogativa, como chefe do Poder Executivo, ao decretar a bandeira vermelha. Ele concordou, no entanto, com a importância do diálogo entre Greca e os vereadores.

Indiara Barbosa opinou que é importante “estreitar relações” e ter uma “comunicação eficaz” com o Executivo, para evitar o “absurdo” da última sexta, quando não se sabia, após o anúncio nas redes sociais, o conteúdo do decreto. Amália Tortato (Novo) pediu mais planejamento: “Realmente fomos todos pegos de surpresa. Essa informação sendo passada três horas antes do decreto entrar em vigor é no mínimo uma falta de respeito com as pessoas”.

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