A recente iniciativa dos presidentes Lula da Silva e Gabriel Boric para estabelecer uma nova rota comercial ligando o Brasil ao Pacífico, embora promissora para a economia, levanta preocupações significativas no âmbito da segurança pública. Autoridades e especialistas alertam para o potencial uso dessa via por organizações criminosas para o tráfico internacional de cocaína.

O estabelecimento de corredores comerciais mais eficientes pode, inadvertidamente, facilitar o escoamento de substâncias ilícitas. A complexidade logística e o aumento do fluxo de mercadorias podem dificultar a fiscalização e o rastreamento de cargas, tornando a rota atrativa para facções criminosas que buscam expandir suas operações.

“A abertura de novas rotas comerciais sempre exige um reforço nas medidas de segurança para evitar o desvio de finalidade”, afirma um especialista em segurança portuária que preferiu não ser identificado. Ele ressalta a necessidade de investimentos em tecnologia e treinamento para as forças de segurança, a fim de combater o tráfico de drogas de forma eficaz.

A cooperação entre as autoridades brasileiras e chilenas é crucial para mitigar os riscos. A troca de informações de inteligência, a implementação de protocolos de segurança rigorosos e a realização de operações conjuntas são medidas essenciais para impedir que a nova rota comercial seja utilizada para fins ilícitos.

Apesar dos desafios, a importância estratégica da rota comercial para o desenvolvimento econômico não pode ser negligenciada. O desafio reside em equilibrar os benefícios econômicos com a necessidade de garantir a segurança e a integridade da nova via, prevenindo o avanço do crime organizado.

Fonte: http://politepol.com