Desde o início da pandemia da Covid-19, quando começaram os decretos restritivos com toque de recolher e lockdown, os estabelecimentos de gastronomia e entretenimento tiveram suas atividades praticamente paralisadas. Nos tornamos alvo de muitas ações cinematográficas, dado o grande aparato de viaturas e agentes. Na coluna de hoje, trago o desabafo do Rodrigo, companheiro da Associação Brasileira de Bares e Casas Noturnas (Abrabar) sobre esta terrível situação.
“Os donos do pedaço
Não falta prepotência para aqueles que, por força de mero concurso público, consideram o estado de direito sua propriedade. Comumente constatamos visitas aos estabelecimentos gastronômicos, de bares e noturnos de modo geral, de comboios de viaturas e dezenas de funcionários públicos (policiais, fiscais da prefeitura, guardas municipais, dentre outros) de maneira truculenta e arrogante. A luz do giroflex se vê de longe, como se dissesse: “sim, chegamos, os donos do pedaço”. Multam sem qualquer critério, valentes e vigilantes, analisam tudo e fotografam, é o interventor maior que decide se a casa abre ou fecha.
O contribuinte por sua vez, lesado e desamparado, pratica seu protesto, a demissão massiva.
Até quando vamos suportar esses verdadeiros sanguessugas do estado ?
Sem receita e competência, a vez deles chegará em breve. Uma hora a fonte seca.
Esperamos que o dito popular não caia no gosto dessa turma reprimida: “sonegar para reparar””.