Em uma escalada de tensões, o governo da Nicarágua anunciou sua retirada da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco). A decisão surge após a organização conceder um prêmio a um veículo de imprensa local conhecido por sua postura crítica em relação ao governo do presidente Daniel Ortega.

A medida representa um novo golpe na já fragilizada liberdade de imprensa no país. A Unesco, por sua vez, lamentou a decisão, reafirmando seu compromisso com a promoção da liberdade de expressão e a proteção de jornalistas em todo o mundo. A organização enfatizou a importância de um ambiente midiático livre e plural para o fortalecimento da democracia.

A premiação do jornal, cujo nome não foi divulgado, teria sido o estopim para a decisão do governo nicaraguense. A justificativa oficial para a saída da Unesco não foi detalhada, mas observadores apontam para um padrão de crescente repressão à mídia independente e à sociedade civil na Nicarágua. Essa tendência tem gerado preocupação internacional e críticas de organizações de direitos humanos.

“A liberdade de imprensa é um pilar fundamental para qualquer sociedade democrática”, declarou um representante da Unesco em comunicado oficial. A organização expressou esperança de que o governo nicaraguense reconsidere sua posição e volte a cooperar com a agência em prol da educação, da ciência e da cultura no país. O futuro da liberdade de expressão na Nicarágua permanece incerto.

A saída da Nicarágua da Unesco levanta questões sobre o impacto no patrimônio cultural e nos programas educacionais do país, que antes contavam com o apoio da organização. A comunidade internacional observa atentamente os desdobramentos desta decisão e seus efeitos a longo prazo na sociedade nicaraguense.

Fonte: http://politepol.com