Entidades vem orientando gestores municipais para evitar explosão de novos casos de covid-19, especialmente da variante ômicron
As prefeituras de pelo menos três importantes municípios do Litoral do Paraná atenderam ao pedido da Associação Brasileira de Bares e Casas Noturnas (Abrabar) e da Federação Paranaense de Turismo (Feturismo) e cancelaram o Carnaval de rua de 2022. Nos últimos dias, a medida que busca evitar a propagação do coronavírus e a variante ômicron da covid-19, foi anunciada por Guaratuba, Morretes e Guaraqueçaba.
A intenção é evitar aglomerações, que facilitam a propagação do vírus, afirma o presidente da Abrabar e diretor da Feturismo, Fábio Aguayo. “O grande desafio nosso é com relação ao Carnaval. Tivemos uma amostra grátis com o Réveillon”, destacou. A maioria das cidades está enfrentando desde o início de janeiro uma explosão de novos casos e internamentos por complicações de covid, após as festas de final de ano.
Nas conversas com os prefeitos do litoral, Aguayo destacou a importância de não realizar o carnaval de rua neste momento. “As próprias companhias de cerveja estão receosas de patrocinarem e associarem a marca, para depois serem bombardeadas”, disse. Nos demais eventos, o controle de acesso e monitoramento é uma boa saída, “até mesmo para incentivar todos a tomarem a vacina o quanto antes”, ressaltou.
A decisão de cancelar o carnaval de rua no litoral este ano, foi anunciada primeiramente pelos municípios de Morretes e Guaraqueçaba, onde o evento é tradicional. O prefeito Roberto Justus seguiu a tendência e também anunciou o cancelamento do carnaval de rua de Guaratuba, mantendo as festas privadas com controle de público e autorização prévia da Vigilância Sanitária.
Sensibilização
Desde o final do ano passado, tanto a Abrabar quanto a Feturismo vêm orientando os prefeitos para cancelarem o carnaval e evitar a explosão de casos de covid-19. “É fundamental que todos tenham a consciência que a pandemia não terminou. Nossas entidades defendem a testagem em massa da população nos terminais de ônibus, unidades de saúde e praças, com suporte oferecido pelo poder público”.
Na última semana, os prefeitos de São Paulo, Ricardo Nunes, e do Rio, Eduardo Paes, anunciaram que o desfile das escolas de samba das duas cidades, que aconteceria em fevereiro, foi adiado para o feriado prolongado de Tiradentes, em 21 de abril. “Isso demonstra que nossa orientação às prefeituras está correta”, concluiu Aguayo.