A campanha oficial ainda nem começou os principais com potencial com musculatura partidária e poder econômico se uniram para inviabilizar a candidatura do ex-juiz Sergio Moro pelo Podemos. O jogo sujo do submundo da política, liderado por quem tem poder de arrecadação e aglutinação, inclui a terceirização de ataques com correligionários tradicionais e a muralha cibernética.

A tática se espalha pelos estados de origem ou de alianças como Rio de Janeiro, São Paulo e Distrito Federal. Trata-se de um exemplo clássico que está sendo efetuado por Lula e Bolsonaro, com consentimento de suas maquinas nos poderes legislativo e executivo e as partidárias ou mesmo fogo “amigo”, no caso do governador Joao Dória, que soltou veladamente ou explicitamente, o deputado federal licenciado Rodrigo Maia.

O atual Secretário e Coordenador do Programa de Governo tem como missão desidratar o seu melhor e mais perigoso oponente, que é Sergio Moro, na corrida contra os dinossauros da política e melhores posicionados nas pesquisas. Apesar deles terem pacto de não agressão em público durante a definição da alternativa a polarização, descaradamente o acordo está sendo rompido e as sabotagens estão ficando explicitas, agregadas com a mobilização do exército digital do PT, somada com a Milícia Digital de Bolsonaro e os métodos tradicionais do Centrão e da velha Guarda do MDB.

As digitais aparecem diariamente em sites, blogs e portais jurídicos parceiros, inclusive com apoio indireto de órgãos governamentais, através de membros do TCU e conselhos de carreiras públicas ligados as indicações partidárias e de casas legislativas. A estratégia ocorre sob forte influência dos caciques do velho MDB de Guerra, especialistas em sabotagem e trairagem.

‘Plantação’ de notícias
A armação suja ganha visibilidade em notas plantadas na impressa, abordando a divulgação e estimulo de investigações oficiais, desistência da candidatura e disputa para outros cargos. A intenção principal é confundir a atuação do ex-juiz, abordando seus rendimentos no setor privado com o público e o que é pior, estão tentando tirar futuros partidos aliados, como Cidadania e o União Brasil.

A campanha de Bolsonaro seria obvia toda mobilização de ataque contra o Moro, mas o que surpreende é o governador Doria, que está quase um instrumento de batalha de desmobilização. O desespero de seus aliados está nítido em várias frentes, inclusive com adversários, pois não tem mais chance de recuar e disputar a reeleição no Governo de São Paulo e a única chance de sua candidatura que não cresce de se viabilizar é com a desistência e queda do Sergio Moro.

Na conta dos estrategistas de Dória, com a saída de Moro, os votos do ex-juiz migrariam para sua candidatura, já que as campanhas de Ciro, Bolsonaro e Lula já estão consolidadas e sem volta.

Importante ressaltar que na campanha de 2018, com 14 candidatos à presidência, os principais partidos que integram o poderoso Centrão embarcaram na candidatura de Geraldo Alckmin, que não teve êxito. Aliás, o resultado foi tão pífio com toda estrutura e poder econômico, que ficou claro que a eleição presidencial não depende de um grande ajuntamento de partidos, mas dos estratégicos e leais, que em hipótese alguma vão abandonar, negociar ou vender uma candidatura.

Longe da velha política
Em 2022, na verdade o que está em jogo é se posicionar melhor entre os que querem e estão decididos em escolher alguém de fora do jogo da velha política que quer voltar triunfante. Muitos falam em terceira via, mas Sergio Moro fala em melhor alternativa que não seja nem Lula e nem Bolsonaro, mas que seja realmente viável no segundo turno.

E nessa transição, importante cooptar os sempre alheios a política do dia a dia e que são a maioria esmagadora, mas que são fundamentais no resultado final. Entre eles estão os jovens e os tradicionais eleitores indecisos, votantes de última hora que pegam santinho do chão. Não se pode ignorar inclusive aqueles que normalmente votam nulo ou branco e faltantes contumaz de eleição, a famosa abstenção que em muitos primeiro turno são recordes ultimamente, pelo desgosto com a política.

E esse tripé de indignação muitas vezes são os grandes vencedores das eleições contra os candidatos em disputa, mas importante ressaltar, muitos não são irredutíveis, pois voltam a votar e mudam de posição no segundo turno, quando muita coisa pode estar em jogo para a nação, seu estado e seu município.

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