Davi Alcolumbre tem sofrido uma série de derrotas dos últimos meses, mas parece ainda não ter se conformado com a derrota da esposa, Liane Andrade, para a diretoria-executiva do Sebrae, em 2018.
A questão permanece judicializada.
Mesmo que todos os conselheiros do Sebrae com direito a voto tenham confirmado o recebimento da convocação para participação da eleição em que Liane foi derrotada, a juíza Elayne Cantuária acatou a ação de ‘falta de publicidade’, com base em situações que foram consideradas irregulares, como por exemplo, as regras do pleito, como prazo de inscrição de candidatos terem sido divulgados apenas em um grupo de WhatsApp.
Com a decisão, a juíza afastou a diretoria eleita.
“A toda evidência não se pode tratar uma eleição para órgão dessa envergadura e magnitude com escopo de publicidade meramente num pequeno grupo de WhatsApp, com “interessados” restritos eis que é de interesse da coletividade”, pontuou a juíza.
Em agosto, o corregedor nacional de Justiça e atual presidente do STJ, ministro Humberto Martins ordenou que o TJAP investigasse a juíza Elayne.
Segundo Martins, a juíza “teria agido de forma parcial, uma vez que sua família detém um vínculo político e de amizade íntima com o senador”.
Diante de suas decisões favoráveis aos interesses de Alcolumbre, a defesa da diretoria do Sebrae já alegou a suspeição da magistrada.
A juíza determinou a anulação do processo eleitoral, o afastamento da diretoria, mas resguardou a administração de valores para pagamento de salários dos funcionários.
O Sebrae do Amapá passa a ser administrado pelo Sebrae Nacional, que deve criar e fazer parte de uma comissão para realizar novo pleito eleitoral em 60 dias.
Numa curtíssima nota, a diretoria executiva do Sebrae informou apenas que está “tomando as providências cabíveis”.
O Sebrae está em recesso até o dia 4 de janeiro.