As oportunidades podem estar sendo travadas ou desperdiçadas por questões ideológicas e falta de bom senso, diz a entidade


A Federação das Empresas de Hospedagem, Gastronomia, Entretenimento e Similares (Feturismo) retomou, nesta quinta-feira (30), o movimento pela execução de obras estruturantes na faixa litorânea do Paraná. A iniciativa, em março de 2019, defendia celeridade na licitação e execução da rodovia em Pontal do Paraná, a chamada Faixa de Infraestrutura. O início da obra, de 23 quilômetros, depende de aval do poder Judiciário.

“A nossa entidade continua empenhada em ajudar os empreendimentos que querem investir e governos municipais, além do governo do Estado, que querem trazer uma nova realidade e infraestrutura ao litoral Paranaense”, diz Fábio Aguayo, diretor da Feturismo, organização filiada à Confederação Nacional de Turismo (CNTur). “Importante ressaltar que as mudanças, transformações e inovações que estão à disposição para retomada, são URGENTES”. 

“O mundo pós-pandemia criou um futuro de incertezas”, alerta Aguayo. O movimento “SOMOS TODOS LITORAL: Sem infraestrutura não tem turismo – #salveoliltoral”, encampado pela Feturismo, mobilizou mais de 15 entidades de diferentes segmentos econômicos e sociais. Ainda em 2019, a federação conseguiu extinguir o Colit, conselho que travou o desenvolvimento dos municípios da região.

“As oportunidades podem estar sendo travadas ou desperdiçadas por questões ideológicas e falta de bom senso”, ressalta Aguayo, sobre o atual quadro que continua travando a região. “O momento em que vivemos é extraordinário, pois temos de um lado um governo de Estado com apoio, e de outro, investidores externos que querem o crescimento da região, sempre renegada no passado”.

Crise da covid

A situação do litoral, assim como na maioria das regiões turísticas, se agravou muito a partir de março do ano passado, quando começou a pandemia do coronavírus (covid-19). “Nós, da sociedade civil organizada, junto com o poder público, temos a obrigação de trabalhar em favor da dignidade humana”, disse o diretor da Feturismo.

Os cidadãos, especialmente da comunidade litorânea, que viveram uma verdadeira crise humanitária nas últimas décadas, constatada nos baixos indicadores do IDH (Índice de Desenvolvimento Humano). “A infeliz realidade, é que ainda nos dias de hoje, uma parcela da sociedade, que não tem o direito, insiste na falta de condições de sobrevivência destas regiões”.

Isso ocorre, ressalta Aguayo, através de embargos através de órgãos do judiciário ou mecanismos administrativos, que acabam protelando a geração de empregos e desenvolvimento social. “Estão sendo lançadas ao precipício, mais uma vez, as oportunidades que poderiam ajudar na manutenção básica das famílias e renda de cidadãos”, completa o diretor.

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