O Federal Reserve (Fed), o banco central dos Estados Unidos, optou por manter as taxas de juros inalteradas, fixadas na faixa entre 4,25% e 4,5%. A decisão, anunciada nesta quarta-feira pelo Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc), era amplamente esperada pelo mercado, que observa atentamente os desdobramentos da política econômica americana. Esta é a terceira vez consecutiva que o Fed mantém a taxa estável.
A manutenção ocorre em um cenário de incertezas, especialmente no que tange à política tarifária implementada durante o governo de Donald Trump. Essa política tem sido apontada como um dos desafios para o Fed em sua busca por equilibrar o crescimento do emprego e o controle da inflação. A influência da política de Trump tem gerado grande expectativa sobre os próximos movimentos do Fed.
Os investidores e analistas agora aguardam ansiosamente a declaração do presidente do Fed, Jerome Powell, agendada para as 15h30. Espera-se que Powell forneça sinais mais claros sobre a direção futura da política monetária dos EUA. Suas palavras serão cruciais para entender como o Fed pretende navegar no complexo ambiente econômico atual.
A tensão entre o governo e o Fed atingiu um pico quando Trump chegou a sugerir a possibilidade de demitir Powell, intensificando a volatilidade nos mercados. Essa disputa, somada à guerra comercial com a China, injetou ainda mais nervosismo no cenário econômico. Contudo, Trump parece ter recuado, sinalizando que aguardará o término do mandato de Powell, previsto para o final de 2026.
Em janeiro deste ano, o Fed já havia interrompido um ciclo de cortes nas taxas de juros que havia sido iniciado em setembro do ano anterior. Naquela época, a taxa de juros nos EUA se encontrava entre 5,25% e 5,5%. O momento agora é de cautela e avaliação, enquanto o mercado busca decifrar os próximos passos do Fed diante de um cenário global ainda incerto.
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