Curitiba completa nesta segunda-feira (29) 328 anos de fundação. Assim como aconteceu no ano passado, o aniversário não tem festa. Em 2020, a programação pelo aniversário da cidade foi cancelada em cima da hora, já que a pandemia e o decreto de isolamento na Capital começaram no dia 12 de março.
De lá para cá, a população teve que se habituar com os eventos on-line. A festa dos 327 anos foi assim, e neste ano também. Desde o final de semana algumas atrações foram ofertadas para a população nos canais da Prefeitura.

No dia 29 de março de 2020 a Capital tinha confirmados 73 casos da doença e nenhum óbito. O último boletim divulgado pela Secretaria Municipal de Saúde de Curitiba, ontem trazia 171.209 casos e 3.750 mortes pelo novo coronavírus. Entre confirmados, notificados, descartados e em investigação, eram 1.034 casos na cidade.https://d26e5df8b54dbb5d4bf3632651cd9e2c.safeframe.googlesyndication.com/safeframe/1-0-38/html/container.html

Ainda sem ideia do que viria a ser a pandemia do coronavírus, naquele dia do ano passado os sinos das igrejas católicas de Curitiba soaram juntas para marcar o aniversário da Capital, enquanto em casa as famílias oravam pelo fim da pandemia.

Bandeira vermelha
Na última sexta-feira (26), a Prefeitura de Curitiba prorrogou por mais uma semana a vigência da bandeira vermelha e o ”lockdown” parcial na cidade, ainda com restrições de abertura das atividades não essenciais, mas com flexibilidade para a venda delivery ou drive thru de lojas de rua, e delivery nos shoppings e galerias.
Restaurantes e lanchonetes podem funcionar das 10 às 22 horas, em todos os dias da semana, apenas atendimento na modalidade delivery, drive-thru e a retirada em balcão (take away), ficando vedado o consumo no local.

aniversariante do mês, Curitibaconta hoje com 75 bairros em toda a extensão territorial. Então, que tal conhecermos a história que originou o nome de alguns deles? Confira:

Sítio Cercado

Situado na região sul da capital, esse bairro tem um nome autoexplicativo: era onde ficava o sítio de Laurindo Ferreira de Andrade, cercado pelos rios Padilha, Cercado e Boa Vista. Daí surgiu o nome, “Sítio Cercado”. Hoje, é o segundo maior bairro do município, perdendo em número de população para a Cidade Industrial de Curitiba.

Xaxim

No início da história da cidade, esse bairro era povoado por índios caigangues e por caboclos. Com o decorrer do tempo, imigrantes europeus, entre eles italianos e poloneses, começaram a migrar para o bairro. Nessa época, haviam muitos troncos de samambaias espalhados pela região. Esses troncos, na língua caigangue, eram chamados de Xaxim.

Boqueirão

Onde hoje está o bairro Boqueirão estava situada a Fazenda Boqueirão, da família do Major Theolindo Ferreira Ribas, com cerca de mil alqueires. Com o passar dos anos, os filhos e demais descendentes de Theolindo dividiram as terras em pequenos terrenos, os venderam e, com o desenvolvimento da região, se transformou em um dos principais bairros de Curitiba.

Portão

A origem do nome do bairro data da época do tropeirismo. Para facilitar o transporte e comércio de gado no século 18, as autoridades da capital instalaram cercas e portões em um posto de fiscalização nessa região, dando origem ao nome do bairro.

Bigorrilho

Também chamado de Champagnat, o Bigorrilho já teve outro nome. No final do século 19, quando era povoada praticamente por imigrantes alemães, ucranianos e poloneses, a região era conhecida como Campo da Galícia. A mudança para Bigorrilho tem uma origem incerta: há quem diga que deriva da dona de um bordel na região chamada Bigorrilha; mas também dizem que fez uma homenagem a uma benzedeira que vivia no bairro.

Batel

O nome Batel também tem uma origem incerta. Mas duas principais teorias se difundiram entre os moradores do bairro. Tal qual a Vila Hauer e Santa Felicidade, dizem que na região vivia uma família abastada de nome Batel, dona de muitas terras na região. Já segunda teoria diz que Batel é referente a origem do nome, que significa “pequena embarcação”, e seria uma homenagem a um barco que naufragou em um rio em São José dos Pinhais.

Água Verde

A inspiração para esse nome veio das massas de algas que davam uma coloração verde a um rio de água doce, que cruza o bairro e deságua no Rio Belém, no Prado Velho.

Bacacheri

Esse nome tem uma origem bem curiosa: quando o bairro ainda era uma importante região rural de Curitiba, um fazendeiro francês saiu perguntando de porta em porta onde estava sua “querida vaca” – ou, como ele falava, “baca cherry”. O “baca”, no caso, era uma tentativa dele falar “vaca” em português. Já “cherry” é uma palavra francês que significa “querida”.

Rebouças

Antes de se chamar Rebouças, o primeiro bairro industrial de Curitiba se chamava Campo da Cruz. A região era pouco habitada. Mas no final do século 19 começaram a construir a Estrada de Ferro, ligando Curitiba ao litoral do Paraná. O local escolhido para receber a principal estação ferroviária do estado foi justamente o bairro de Campo da Cruz. A estação gerou um crescimento enorme da região nos anos seguintes, sendo rodeada por várias indústrias e grandes empresas. A mudança do nome para Rebouças aconteceu devido a uma homenagem do município aos irmãos Rebouças, os principais responsáveis pela construção da ferrovia.

Santas e santos

A religião também foi muito importante na hora de criar nomes para diversos bairros de Curitiba. Por isso, a população decidiu homenagear alguns santos e santas, colocando seus nomes em bairros da cidade. São Francisco homenageia Francisco de Assis; São Lourenço, o romano Lourenço de Huesca; São João, o apóstolo João; Santo Inácio, o bispo sírio Inácio de Antioquia, discípulo de João; e São Miguel, uma referência ao arcanjo Miguel. Já as santas Quitéria e Cândida ganharam homenagens nos bairros Santa Quitéria e Santa Cândida, respectivamente. Somente Santa Felicidade não tem origem em uma santa católica: o nome é uma referência a Dona Felicidade Borges, uma italiana dona de terras na região.

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