Abrabar questiona decreto em vigor desde quarta (25), que proíbe pessoas de permanecer em pé dentro de bares e restaurantes

O novo decreto da Prefeitura Municipal, mantendo a bandeira amarela em Curitiba no enfrentamento a covid-19, traz uma flagrante falta de isonomia na aplicação dos rigores da lei. A medida, em vigor desde quarta-feira (25), proíbe a permanência de pessoas em pé nos estabelecimentos de gastronomia e entretenimento, enquanto permite aglomerações nestas condições em parques, praças e transporte coletivo.

“Enquanto mantém o rigor no setor privado, fecha os olhos para os locais de circulação pública, sem qualquer tipo de restrição”, denúncia o presidente da Associação Brasileira de Bares e Casas Noturnas (Abrabar), Fábio Aguayo. Para a categoria, a medida é desnecessária. “Temos que cumprir a regra da capacidade das Casas”, ressaltou.

A sociedade curitibana tem acompanhado, especialmente nos finais de semanas nas praças, parques, terminais e nos ônibus pessoas em pé e em constante aglomeração. “Mas não vemos a mesma fiscalização e o mesmo rigor com essas áreas, que são responsabilidades da Prefeitura”, pontua.

Idênticas

As situações presenciadas nestes espaços são idênticas as relatadas nos dados estatísticos daqueles que foram multados. “Quais são as explicações que foram feitas, quais foram as mitificações? Usam a desculpa que tem placa. Nós também temos placas nos estabelecimentos”, relatou Aguayo.

É preciso diferenciar essas situações em Curitiba. No atual cenário, existe uma ilha sobre o que é de responsabilidade do poder publico. Já, para o estabelecimento privado, todo o rigor da lei. “Precisamos trabalhar gerar empregos, negócios. Estamos cansados de tantas restrições”.

Prevenção

As pessoas, de acordo com a Abrabar, tomaram as vacinas para poder trabalhar em paz, evitar que a pandemia se alastre. “Mas a fiscalização sempre é rigorosa com bares, restaurantes e lanchonetes. Parece que os vírus só mora nesses locais” diz Aguayo. De acordo com ele, nos locais que são da Prefeitura, não existe existe rigor.

“Vamos parar de hipocrisia. Enquanto outras cidades estão avançando, estamos sempre retrocedendo, vivendo dentro dessa bolha. Porque existe isso na cidade de Curitiba? Qual o interesse de prejudicar um setor? Porque o outro setor é beneficiado? essas são as respostas que nós precisamos”, completou o presidente.

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